segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Sobre o poder democratizante da internet

Por Alberto Cantalice, no Brasil 247.
 
Quem tem a paciência de ler os principais jornais no dia a dia é levado a pensar que está vivendo em outro país. Arautos do caos atuam, intensamente, na tentativa de destruir o projeto em curso no Brasil que vem tirando da miséria e da indigência milhões de brasileiras e brasileiros.
Arvorando-se em “formadores de opinião pública” alguns articulistas e colunistas teimam em querer ditar os rumos dos governos, sem ter a outorga popular para tanto. Chegam a bradar hilário ou tragicamente que o povo tem que aprender a votar.
Cada vez mais longe do cretinismo de alguns, a população, em sua maioria, vem construindo o seu próprio ideário não necessitando, para isso, das “opiniões abalizadas”.
Nesse sentido, a internet veio para ficar. Principal disseminador de informações, atualmente, no mundo, as redes sociais têm posto a nu os diletantes do pensamento e os chamados donos da voz.
Muitas barreiras ainda são postas no caminho de uma verdadeira democratização da mídia. Barreiras essas colocadas pelos donos dos monopólios empresariais midiáticos, cuja estrutura no país não encontra similaridade em nenhum lugar do mundo.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Solitude

Nascemos sozinhos, vivemos sozinhos e morremos sozinhos. A solitude é nossa verdadeira natureza, mas não estamos cientes dela. Por não estarmos cientes, permanecemos estranhos a nós mesmos e, em vez de vermos nossa solitude como uma imensa beleza e bem-aventurança, silêncio, paz e um estar à vontade com a existência, a interpretamos erroneamente como solidão.

A solidão é uma solitude mal-interpretada. E, quando se interpreta a solitude como solidão, todo o contexto muda. A solitude tem uma beleza e uma imponência, uma positividade; a solidão é pobre, negativa, escura, melancólica.

A solidão é uma lacuna. Algo está faltando, algo é necessário para preenchê-la e nada jamais pode preenchê-la, porque, em primeiro lugar, ela é um mal-entendido. À medida que você envelhece, a lacuna também fica maior.

As pessoas têm tanto medo de ficar consigo mesmas que fazem qualquer tipo de estupidez. Vi pessoas jogando baralho sozinhas, sem parceiros. Inventaram jogos de cartas em que a mesma pessoa pode fazer o papel dos dois adversários.

Aqueles que conheceram a solitude dizem algo completamente diferente. Eles dizem que não existe nada mais belo, mais sereno, mais agradável do que estar só.

A pessoa comum insiste em tentar esquecer sua solidão e o meditador começa a ficar mais e mais familiarizado com sua solitude. Ele deixou o mundo, foi para as cavernas, para as montanhas, para a floresta, apenas para ficar só. Ele quer saber quem ele é. Na multidão é difícil; existem tantas perturbações...

E aqueles que conheceram suas solitudes conheceram a maior das bem-aventuranças possíveis aos seres humanos, porque seu verdadeiro ser é bem-aventurado.

Depois de entrar em sintonia com sua solitude, você poderá se relacionar, o que lhe trará grandes alegrias, porque a relação não acontecerá a partir do medo.
Ao encontrar sua solitude, você poderá criar, poderá se envolver com tantas coisas quanto quiser, porque esse envolvimento não será mais fugir de si mesmo. Agora, ele terá a sua expressão, será a manifestação de tudo o que é seu potencial.

Mas o básico é conhecer inteiramente sua solitude.

Assim, lembro a você, não confunda solitude com solidão. A solidão certamente é doentia; a solitude é saúde perfeita.

Seu primeiro e mais fundamental passo em direção à descoberta do significado e do sentido da vida é mergulhar na sua solitude. Ela é seu templo, é onde vive seu deus, e você não pode encontrar esse templo em nenhum outro lugar.


Osho. "Amor, Liberdade e Solitude: Uma Nova Visão Sobre os Relacionamentos".