quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O perigoso fenômeno do antipetismo I

Com um simples cotejo entre dados sobre o Brasil é extremamente fácil verificar a diferença entre os governos do PT e do PSDB. Como mostra a postagem anterior, os números falam por si. Por isso, "nunca antes na história deste país" é um bordão muito natural: demoramos 500 anos para ver mudanças fundamentais que aconteceram somente nos últimos 12 anos. A síntese dessas mudanças é a inclusão social, absolutamente necessária do ponto de vista moral e econômico.

A gritante melhora do país não é ilação, opinião viciada ou mentira, é apenas a conclusão apontada pelas mais recentes pesquisas acadêmicas realizadas no mundo e pelos dados de institutos internacionais, como a ONU.

Por outro lado, se se quiser manter um pingo de coerência, a palavra pronta da corrupção no discurso de quem se recusa a reconhecer o alto desempenho dos governos petistas há de ser reconsiderada para dar lugar à avaliação de que os maiores escândalos de corrupção não são os mais abordados na mídia, mas sim aqueles que desviam mais recursos públicos. Com efeito, os esquemas de corrupção mais custosos aos cofres públicos brasileiros são os tucanos. O fato de terem sido abafados por seus governos é agravante.



Forçoso é reconhecer que a corrupção faz parte do sistema político brasileiro. Não é uma questão individual, muito menos partidária: lamentavelmente é uma questão sistêmica.

Já no plano internacional, nos últimos anos o Brasil passou a ser admirado por sua política social e econômica que gera crescimento em meio à crise que assola o mundo inteiro. Deixamos de dever ao FMI, passamos a emprestá-lo dinheiro e ainda criamos um banco mundial alternativo.

A lista de avanços está longe de se esgotar nesses poucos aspectos salientados, mas vamos prosseguir para chegarmos ao ponto atual: estamos diante de um segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) com a sensação de que se um ser inteligente extraterrestre chegasse agora no Brasil, não entenderia como isto é possível.

Para explicar esta situação de imensa alienação coletiva entre fatos e ideias, não se pode prescindir da observação de um específico fenômeno político que combina desinformação e ideologia: o antipetismo.

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