Com um simples cotejo entre dados sobre o Brasil é extremamente fácil verificar a
diferença entre os governos do PT e do PSDB. Como mostra a postagem anterior, os
números falam por si. Por isso, "nunca antes na história deste
país" é um bordão muito natural: demoramos 500 anos para ver mudanças
fundamentais que aconteceram somente nos últimos 12 anos. A síntese dessas
mudanças é a inclusão social, absolutamente necessária do ponto de vista moral
e econômico.
A
gritante melhora do país não é ilação, opinião viciada ou mentira, é apenas a
conclusão apontada pelas mais recentes pesquisas acadêmicas realizadas no mundo
e pelos dados de institutos internacionais, como a ONU.
Por
outro lado, se se quiser manter um pingo de coerência, a palavra pronta da corrupção
no discurso de quem se recusa a reconhecer o alto desempenho dos governos petistas
há de ser reconsiderada para dar lugar à avaliação de que os maiores escândalos
de corrupção não são os mais abordados na mídia, mas sim aqueles que desviam mais
recursos públicos. Com efeito, os esquemas de corrupção mais
custosos aos cofres públicos brasileiros são os tucanos. O fato de terem sido
abafados por seus governos é agravante.
Forçoso é reconhecer que a corrupção faz parte do sistema
político brasileiro. Não é uma questão individual, muito menos partidária: lamentavelmente
é uma questão sistêmica.
Já no
plano internacional, nos últimos anos o Brasil passou a ser admirado por sua
política social e econômica que gera crescimento em meio à crise que assola o
mundo inteiro. Deixamos de dever ao FMI, passamos a emprestá-lo dinheiro e
ainda criamos um banco mundial alternativo.
A
lista de avanços está longe de se esgotar nesses poucos aspectos salientados,
mas vamos prosseguir para chegarmos ao ponto atual: estamos diante de um
segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) com a sensação de
que se um ser inteligente extraterrestre chegasse agora no Brasil, não
entenderia como isto é possível.
Para
explicar esta situação de imensa alienação coletiva entre fatos e ideias, não
se pode prescindir da observação de um específico fenômeno político que combina
desinformação e ideologia: o antipetismo.
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