quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Virando a página em 3, 2, 1



O vento soprou e eu senti mais movimento. Pedalar não é mais. A vida que me freava agora morre pra eu andar. E assim vou. Depois das pisadas, além das piscadas, há passos, descompassos, mas também ritmo e tato. Eu vi a cara da covardia, do medo e da insensatez. Eu vi a cara, minha cara… assombradamente. Risco da/de vida chamar amor de plano e executá-lo mal. Pode parecer clichê auto-ajuda, mas não invalida: vida bem vivida é pra quem tem coragem, que dá sentido à liberdade – só agora sinto a verdade absoluta disso. E, tendo aprendido a lição, eis que a paralisia de escafandrista chega a seu termo. 

Virando a página, reviro borboleta.

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