Em uma sociedade capitalista, a
origem e o fim de muitos problemas passam pela questão econômico-financeira,
como é o caso da educação no Brasil. Parece óbvio, mas há quem, para minha surpresa, argumente que o grande gargalo do sistema de educação brasileiro não é
de ordem orçamentária, mas sobretudo de gestão.
Insisto que o ponto de partida pragmático da crise na educação, agravada
pelo federalismo, é, sim, a falta de recursos materiais destinados à área. Sob
o sistema econômico em vigor no país, é delirante acreditar que professores mal
pagos vão ensinar bem.
O vereador Renato Cinco (Psol/RJ) pediu para que
sua assessoria calculasse quanto custa o aluno do Colégio Pedro II e quanto
custa o aluno da Rede Municipal de Ensino do Rio. Em 2013, o aluno do CPII
custou R$ 16.069,33 enquanto o da Rede Municipal apenas R$ 5.105,67. Para que o
montante seja equivalente é necessário o aumento de 215% do orçamento da
Secretaria Municipal de Educação.
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