sábado, 26 de outubro de 2013

O velho e o novo

Haja
hoje
para
tanto
ontem.
(Leminski)

A vida traz o novo e o velho ao mesmo tempo,  é entropia e neguentropia. O velho predomina tanto que minha impaciência é quase manifestação de burrice. Com o tempo, por simples observação,  deveria sumir essa esperança ansiosa fundada na certeza de que é possível renovar.

A expectativa (de vida?) aumenta, e o máximo de oxigenação que existe parece estar nos cabelos. Por outro lado, dizem que a causa do envelhecimento reside justamente na morte dos velhos, pois, quando uma pessoa nasce, vai passar a vida reconstruindo o que já havia sido feito por quem já partiu, em um movimento reiterado, repassado, antigo, sem o prosseguimento que os velhos dariam se vivessem mais e mais. Neste caso, o novo tende ao velho. Não falo apenas do alto de um conjugado em Copacabana, mas para quem possa ver que não há saída sem conhecimento histórico.

E, falando nisso, como por descuido, o esquecimento se instalou quando a beleza do novo apareceu. 

Ah! Nada como experimentar uma catarse, passar a noite em claro, acordar ao meio dia e curtir ressaca moral em um sábado nublado. Nada como um dia após o outro.




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