sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Falta quem pense

Editorial de Mino Carta publicado hoje em Carta Capital toca exatamente no ponto que eu já queria ter abordado por aqui. Após assistir ao filme Hannah Arendt, de Margarethe von Trotta, expõe-se que as lições daquela filósofa alemã também valem para o Brasil:

"O homem é um bicho imperfeito, muito imperfeito, a gente sabe. Dispõe dos instrumentos para pensar, mas a maioria não sabe usá-los. A maioria felizmente não é de criminosos nazistas, mas é incapaz de fugas do clichê, do chavão, do lugar-comum, da frase feita. Deste ponto de vista, a sociedade emergente do Brasil é imbatível, ipsis litteris repete incansável as passagens mais candentes dos textos de jornalões e revistões enquanto os jornalistas aderem automaticamente às crenças dos seus patrões. Na terra da casa-grande e da senzala, a maioria vive ainda no limbo e os senhores jogam ao lixo o patrimônio Brasil. O mundo atravessa dias decadentes, é inegável. O País, contudo, bate recordes nestas areias movediças."

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