quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Às 7

Estava na rua com amigos e avisto uma marcha ku klux klan (a maioria com a vestimenta característica) vindo em nossa direção, subindo a ladeira. Os cartazes? Pela volta dos militares ao poder e, principalmente, contra a chegada dos médicos cubanos ao Brasil pelo programa Mais Médicos de nosso governo federal. A manifestação já passava em frente à gente e, sentindo que não podíamos assistir aquilo calados, puxei uma vaia. Mal comecei, veio uma garotinha de uns 8 anos e chutou meu útero (que simbologia!). Absolutamente indignada, peguei a menina no colo e a admoestei, não sem antes levá-la para perto de sua mãe, que não estava encapuzada. Surpreendentemente, a mãe concordou com minha atitude – não porque era favorável ao apupo, mas porque, sendo contra o aborto, achou que não faria sentido tolerar o chute no útero de uma mulher. Para ela, esse golpe poderia deixar a esterilidade como sequela.

A marcha segue e eu vou mais adiante ainda, à margem de um rio (quero me afogar?) onde meus amigos preparam um contra-ataque (frases de efeito estampando cartazes de cartolina). 

Entro no rio, o sonho acaba. São sete horas da manhã.  

Um comentário:

  1. Bizarro!

    A realidade invade os sonhos e os sonhos a realidade, legal, acho que não estou só.O mundo esta em colapso, não há certo nem errado, verdade ou mentira, não há em quem confiar. Mas existe o mal e o bem.

    Sigamos sonhando!

    Bom dia :)

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