quinta-feira, 18 de julho de 2013

Não me ajoelho, medito

A igreja católica sempre teve alguns membros que ajudam velhinhos e crianças pobres e outros necessitados. Outros setores, com destaque para a teologia da libertação, são historicamente ligados a movimentos sociais. A eles, o meu sincero respeito. Agora... a instituição igreja católica presta um enorme desserviço ao mundo há séculos. Mais do que ser uma organização que acumula montanhas de dinheiro e propriedades (e não as distribui, em um ato egoísta e pouco cristão); mais do que ser historicamente envolvida em escândalos sexuais (muitas vezes envolvendo abuso de menores); mais do que influenciar governos indevidamente, ser grotescamente machista, achar que homossexuais são pecadores e chegar ao cúmulo de condenar métodos anticoncepcionais como a camisinha, trata-se de uma organização internacional poderosíssima que trabalha contra a Liberdade e a Felicidade – essas sim, merecem caixa alta. São gerações e gerações, há centenas de anos, sofrendo com uma lista sem fim de culpas, dogmas, proibições e outras bobagens sem fundamento na realidade que representantes do catolicismo nos enfiam goela abaixo. E, para nosso azar, o Brasil é “o maior país católico do mundo”. Aqui tem uma igreja por esquina, a maior TV do país apoia a religião, crucifixos adornam repartições públicas, deus está até no dinheiro. No Brasil mesmo o mais ateu dos políticos tem que ir lá ajoelhar e comer hóstia ou não se elege pra nada. No Brasil a pessoa nunca foi domingo na missa, mas na hora de se casar vai ajoelhar na igreja e prometer devoção eterna ao catolicismo e suas leis. Pobre de nós. Em nenhum outro lugar do globo tem tanta gente infeliz e com a liberdade tolhida por essa organização criminosa. E seu chefão vem aí, chega segunda-feira agora. Claro, vai ser tratado como santo pela mídia – Globo à frente – e vai ser reverenciado por uma multidão de jovens-velhos lobotomizados. E você, também vai se ajoelhar? Eu não.
 
(Lino Bocchini)
 
As guerras santas não ficaram no passado.
 
Religião afasta as pessoas de Deus. Seguir o que uma instituição diz é medo de mergulhar em si mesmo.
"Este é o problema: as noventa e nove ovelhas criam todas as religiões e a verdadeira Religião só acontece à ovelha que se extravia. Seja corajoso! Mova-se para além da clareira, vá para a selva! A vida está lá e só lá você crescerá. Poderá haver sofrimento, porque não há crescimento sem dor. Pode haver uma cruz, porque não existe maturidade sem crucificação. A sociedade se vingará — aceite isto! Está fadado a ser assim. Quando a ovelha voltar, as noventa e nove dirão: "esta é a pecadora! Esta ovelha se extraviou, não faz parte de nós, não nos pertence!". Jesus diz que o pastor voltará para a sua casa, chamará seus amigos e festejará porque uma ovelha se perdeu e foi encontrada. Jesus diz que sempre que um pecador entra no Céu, há regozijo porque a ovelha que se perdeu foi encontrada.
(...)
Meditar nada mais é que encontrar-se com o seu vazio interior: reconhecendo-o, não escapando, vivendo através dele, não escapando, sendo através dele, não escapando. Então, de repente, o vazio torna-se a plenitude da vida. Quando você não foge, ele é a coisa mais bela, a mais pura, porque só o vazio pode ser puro. Se algo existe dentro dele, é porque ele foi maculado; se existe qualquer coisa nele, então a morte entrou; se algo existe lá, então a limitação entrou. Se há alguma coisa nele, então Deus não pode estar. Deus significa o grande abismo, o supremo abismo. O abismo está presente, mas você nunca é treinado para olhar para dentro dele. É preciso encontrar-se com o vazio interior. Quando você mergulha nele, repentinamente o vazio muda sua natureza — torna-se o Todo. Então não é mais vazio, não é mais negativo; é a coisa mais positivada existência. A aceitação é a porta. Quando você está embriagado por este mundo, não pode ter sede de outro. Quando um homem não está embriagado por este mundo, a sede surge. E essa sede não pode ser satisfeita por nada que pertença a este mundo; só o Desconhecido pode satisfazê-la, só o Invisível pode satisfazê-la."
(Osho - A semente de mostarda, vol. 1)
 

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